És preto contra o céu branco, demasiado branco.
Voas inconstante
De cima
Já não te sabes guiar através dos tijolos que brotaram para além dos ramos.
Estás tão confuso e dorido como cada um de nós, no solo, protegidos pelos tejadilhos.
Andamos todos assarapantados.
. . .
Figuras baças da noite são iluminadas pelos candeeiros da cidade e pela solidão dos dias.
Espreitam a cada esquina e reviram os olhos de medo.
Encontram na transparência do copo cheio (depois vazio) o calor que lhes chega ao peito duro.
Molham os lábios secos e contemplam as ruas através daquele vidro embaciado
Batem com o pé e afagam os queixos para acalmar o que não gritam
No fim esvoaçam pela madrugada em direcção ao rio.
Sem comentários:
Enviar um comentário